MEMÓRIA

ENSAIO VISUAL.

EDITORIAL.

O tema deste texto é o movimento de ocupação do Pátio Humanidades, no Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ações de cultura em diálogo com o ensino e a pesquisa têm sido realizadas no intuito de ocupá-lo, pois até no final de 2017 tinha o tráfico de drogas como articulador de relações sociais. A partir da mobilização de unidades acadêmicas, iniciado pela direção da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC/ UFG), na figura da profa. Dra. Angelita Pereira Lima, o Pátio Humanidades possui a partir 2018, um Programa de Extensão e Cultura, o Topofilias, coordenado pela profa. Dra. Rusvênia Luiza Batista Rodrigues da Silva. Com o objetivo de relatar as ações da Aspas Produção Colaborativa, projeto de extensão e cultura vinculado ao Topofilias, este texto adota a metodologia da pesquisa bibliográfica e de relatos discentes envolvidos. Como resultados, pretende-se contribuir para o fortalecimento dessas ações e maior articulação com demais projetos.

O artigo aborda o processo de produção do documentário “Patiocularidades” a partir das reflexões sobre narrativa audiovisual. Problematiza o processo de expansão do conceito de narrativa dentro da historiografia e sua relação com distintos processos de narrativização da experiência, em especial aquelas associadas ao tema da temporalidade. Ao tomar como campo de teste os diferentes modos como o Pátio das Humanidades da Universidade Federal de Goiás é representado por seus frequentadores, posiciona-se em favor da incorporação das narrativas audiovisuais como uma importante área de atuação dos historiadores hodiernamente, quando é crescente o interesse pelo passado. Defende também que o domínio do manejo instrumental dos processos de narrativização e ficcionalização, aliado à dimensão autorreflexiva própria da formação do historiador, possibilita ao mesmo contribuir com o debate sobre os usos públicos da história.

Entrevista.

Neste artigo, tomamos o pátio como metáfora poética, como palco de ações de extensão e como ingrediente espacial da relação entre áreas de conhecimento que foram separadas pelo modus operandi da própria ciência: isolar para conhecer. As práticas de extensão, conforme Paulo Freire, apontam para o contrário: a prática extensionista só é possível no diálogo e na comunicação. Nesse sentido, o pátio cumpre função simbólica na variável cultural de constituição da paisagem urbana e, no nosso caso, na paisagem do espaço acadêmico. Por isso, apresentamos as atividades práticas de extensão realizadas no Pátio da Ciência, organizadas pelo Instituto de Física, partindo do pressuposto de que não são conhecidas pelos ocupantes do vizinho Pátio Humanidades. Estabelecemos sua relação temporal/histórica e espacial. A aproximação dessas experiências foi propiciada por meio das Caex – Coordenações de Ações de Extensão das Unidades Acadêmicas que gravitam em torno do Pátio Humanidades, com seus projetos de extensão articulados no Programa Topofilias.

Este artigo discorre sobre uma experiência em arte com grafite, realizada no Pátio Humanidades da Universidade Federal de Goiás (UFG), a qual teve a participação de estudantes e egressos do curso de Artes Visuais da Faculdade de Artes Visuais da UFG e artistas moradores do bairro Itatiaia, Goiânia, circunvizinho à universidade. O texto reflete determinadas questões conceituais sobre o grafite e as relações com o projeto de pesquisa e extensão “Por uma poética compartilhada: artes e atos goianos”, em andamento, que tem entre seus objetivos favorecer a troca de experiências e a formação no âmbito artístico de residentes na comunidade do entorno da UFG. Apresenta os artistas e descreve a contribuição e a percepção destes na realização da referida ação artística, a qual, avaliada positivamente, favoreceu a possibilidade de um novo pensar e vivenciar naquele espaço da universidade.

ENSAIO VISUAL

Este artigo tem como objetivo analisar o espaço universitário na perspectiva da ambiência e dos seus discursos. Empreende-se uma tarefa complexa, pois a universidade, ao mesmo tempo em que é lugar de produção de conhecimento, não tem sido investigada da perspectiva dos grupos sociais que nela circulam. Os diversos grupos que a frequentam, a vivenciam e constituem sua cotidianidade no espaço universitário podem imaginar ser esse espaço um ambiente plural, ao mesmo tempo em que podem crer que os discursos ali produzidos pertencem a esse lugar. Procuramos perceber de que maneira as vivências, os circuitos espaciais e as narrativas constituem discursos, bem como o contexto sócio histórico e cultural a que estão articulados.

ENSAIO VISUAL.

Entrevista.